instalação temporária no contexto da exposição ''casa carioca''

o termo que usamos hoje para nos referirmos aos que nascem no rio de janeiro – cariocas - deriva do mais importante rio da região, batizado com o nome da ancestral taba tupinambá (kárioca) que ocupava suas margens e delas obtinham água fresca e potável. com o radical crescimento populacional ocorrido na cidade desde a chegada dos europeus, as águas consumidas pelos cariocas de hoje são captadas nas distantes barragens do rio guandu e distribuídas por meio de uma complexa rede de infraestruturas que corre o território por dentro de tubulações submersas no chão da cidade. através desses “rios ocultos” se dá a distribuição da água no rio de janeiro, que como sabemos, acontece de forma precária e desigual.

a instalação “bica”, concebida a convite da curadoria da a exposição “casa carioca”, começou a ser projetada em fevereiro de 2020 em meio a uma das mais graves crises hídricas de nossa história e foi concluída em agosto de 2020, durante a pandemia de covid-19. o trabalho cria um novo sub-ramal de distribuição de água do edifício do mar, prolongando-o até a calçada da praça mauá, onde são instaladas 3 bicas públicas. a intervenção na rede de infraestruturas do museu se realiza em três momentos: captação, filtragem e fonte.

endereço museu de arte do rio - MAR, rio de janeiro
fase executado
início do projeto 02/2020
fim da construção 08/2020
exposição “casa carioca” museu de arte do rio - MAR
curadoria marcelo campos e joice berth
projeto de arquitetura e coordenação de montagem pedro varella, caio calafate, andré cavendish,igor machado e antonio machado
projeto de instalações wagner santa cruz e greyce ellen
execução das instalações ricardo santa cruz e equipe
fotos rafael salim